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Após avaliado virtualmente, era preciso confeccionar um modelo em papel, simples, para fazer uma avaliação grosseira: compatibilidade entre o Norte virtual e o Norte real.
OK, aparentemente, no 'modelito' em escala de 1:20.
Dentro dos planos, e estabelecido como etapa seguinte, estava a execução de um modelo em escala 1:1, em madeira, que servisse como matriz para as peças em mármore. Bastava executar a superfície superior, pois é nesta 'onde as horas passam'.
O primeiro passo era saber as dimensões das prancha de compensado de madeira (com espessura de 20mm), para ali traçar os contornos das peças a serem cortadas. Algumas seriam maiores que a placa, portanto, seriam fracionadas.
As peças desenhadas, entretanto, enquadrariam-se inteiras nas placas de mármore e granito, de modo que as junções entre as arestas dar-se-iam apenas em mudanças angulares.
Foram duas semanas de trabalho intenso e muito pó de serra. Mas estavam todos tão determinados que parecia impossível algo dar errado. E não deu, mesmo.
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Primeiro passo, após o sucesso do modelito em papel: montar o quebra-cabeças das peças dentro de uma placa padrão de compensado...
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... não antes de definir as exatas medidas e angulações de cada matriz.
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As primeiras peças a ser cortadas foram aquelas que teriam que ser montadas, por não caberem em uma única folha de compensado. A cola precisava secar.
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Além das marcações desenhadas, era necessário conferir a congruência das arestas adjacentes. Erra-se uma, erram-se todas.
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Uma marcação equivocada sobre a madeira pede atenção redobrada. A hora do corte das arestas menores exige firmeza com o manuseio da Makita.
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Aos poucos, a superfície vai ganhando forma. E peso. Mas estas peças ainda serão submetidas a uma outra sessão de cortes: os sulcos e chanfros.
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A primeira etapa, o corte inicial, já está quase pronto. O 'cabeçote', apelido dado à parte central, seria executado por último. Assim, as chances de errar seriam menores.
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O 'cabeçote' foi traçado sobre uma chapa mais fina de compensado, que serviria como molde.
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O molde foi cortado minuciosamente, até porque não haveria sobra suficiente de compensado de 20 mm para repô-lo, caso algo dessa errado...
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... mas isso não é problema para quem trabalha com os profissionais certos. Porque é necessário a justa proporção entre perfeccionismo e presteza.
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Em seguida, os sulcos e chanfros tornam-se o foco das atenções. Os sulcos exigiriam muita paciência.
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É um processo lento, pois o fato de cada peça possuir ângulos próprios inibe o uso de paralelismos.
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Agora as matrizes adquirem o aspecto final. Mas desta vez começamos pelas menores, para dar o maior tempo de 'pega' para as peças coladas.
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Os chanfros não requereram tantas minúcias para serem executados (afinal eram ângulos intencionalmente 'primários', como 30°, 45° e 60°)...
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... a não ser quando algumas peças exigiam certos caprichos de manuseio.
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Índio e Júnior dão o acabamento final nas matrizes. É chegada a hora da bonança, afinal. Para eles.
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A execução fica impecável. Às vezes parecia absurdo imaginar que tudo isto seria reproduzido em mármore.
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E daí segue para a Oficina Cerâmica, onde será montada sobre uma estrutura metálica. Depois de duas semanas intensas de trabalho, o grato vislumbre.
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Mas o acesso ao equipamento é restrito ao dono.
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